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Reforma Tributária e Futebol: entenda o que muda para clubes e SAFs

  • Foto do escritor: Tax Check
    Tax Check
  • 6 de nov.
  • 2 min de leitura

A Reforma Tributária está prestes a mudar o jogo também fora dos gramados.A nova lei que unifica tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS vai impactar diretamente o modelo de funcionamento dos clubes de futebol e das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), estruturas empresariais que vêm transformando o esporte brasileiro desde 2021.


Com a aprovação da Lei Complementar nº 214/2025, o governo reformulou o Regime de Tributação Específica do Futebol (TEF), criando novas regras, alíquotas e prazos de transição.O resultado? Clubes e investidores agora precisam reavaliar seu planejamento tributário e entender como a mudança afeta a saúde financeira do futebol nacional.


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SAFs: menos burocracia, mais previsibilidade — mas com custo fiscal

As SAFs nasceram para profissionalizar a gestão dos clubes, atrair investimentos e garantir transparência. No novo cenário, elas continuam recolhendo seus impostos de forma unificada pelo TEF, mas com alíquotas reajustadas e regras mais rigorosas.


A nova estrutura estabelece uma alíquota total de 8,5% sobre as receitas, dividida entre tributos federais, CBS e IBS.Entretanto, uma proposta aprovada pelo Senado Federal (PLP 108/2024) reduziu esse valor para 5% e manteve a isenção sobre a venda de jogadores nos primeiros cinco anos — um alívio essencial para a sustentabilidade das SAFs.


O ponto de atenção está na limitação do crédito de IBS/CBS, que só poderá ser aproveitado na compra de direitos de atletas, excluindo gastos com infraestrutura, marketing ou tecnologia.


Clubes-associação: benefícios mantidos, mas com mais complexidade

Já os clubes que continuarem como associações civis sem fins lucrativos seguem com imunidades fiscais importantes — mas também com uma rotina contábil mais complexa.Eles permanecem isentos de IRPJ e CSLL, mas precisam lidar com múltiplas contribuições previdenciárias, além do IBS/CBS sobre patrocínios e direitos de transmissão, com redução de 60% na alíquota.


Na prática, isso significa carga efetiva de cerca de 10,8%, dependendo da eficiência na gestão de créditos fiscais.O modelo é vantajoso para clubes bem estruturados, mas representa um desafio para quem ainda não possui governança fiscal sólida.


Comparativo: qual modelo é mais vantajoso?

Modelo

Vantagens

Desafios

SAF

Simplicidade, transparência, segurança jurídica e atração de investidores.

Menor flexibilidade de crédito e custo fixo em investimentos.

Associação

Imunidades fiscais e aproveitamento de créditos de IBS/CBS.


A escolha ideal depende do perfil do clube: sua estrutura de receitas, seu apetite a risco e sua capacidade de manter conformidade fiscal.


Conclusão

A Reforma Tributária não define um vencedor, mas impõe que todos joguem com novas regras.

Para as SAFs, representa uma chance de consolidar o modelo empresarial.

Para as associações, um teste de gestão e eficiência.

Conte com a Tax Check para entender como a Reforma Tributária afeta o seu negócio — e como adaptar sua estrutura para reduzir custos e evitar riscos fiscais.


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